segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pico de Matinhos volta a florir

Fernanda Daichtman foto: Meg de Andrade

Há mais de 3 semanas não para de entrar ondas na costa brasileira. No pico de Matinhos não foi diferente. Por coincidência, na minha volta ao Paraná, o Pico de Matinhos começou a quebrar como há muito tempo não quebrava. CLÁSSICOOOO foto: Leônidas Villatore

Matinhos é um dos poucos Point breaks no Brasil. O que predomina em nossa costa são os chamados beach breaks, então, o Pico quando quebra é especial!!!

Nesse último domingo de maio, dia 30, aconteceu a 1ª Etapa do Circuito Paranaense de longboard. Ainda com um resquício do swell da semana, o evento rolou com ondas de meio metro muito boas.

Lari, eu, Dani, Ju,Barbara e Thiara
foto: Arquivo pessoal

O que mais me deixou feliz foi a quantidade de meninas praticando o longboard no Paraná. Tivemos 11 atletas inscritas. Pode não parecer muito, mas como disse anteriormente, a média dos campeonatos brasileiros é de 10 atletas, e por ser um Estado com a costa litorânea tão pequena, é um número muito bom. Sem contar que foi a categoria com mais atletas inscritos nessa etapa. Muitas meninas concentradas em um pico só, por isso não se impressione se chegar um dia no Pico de Matinhos e o que prevalecer no outside for uma crowd de meninas com seus pranchões, isso é bem comum aqui. (risos)


Meninas colorindo o evento foto: Arquivo pessoal

O clima do campeonato foi de total harmonia, muita diversão, todas as amigas se reencontrando, sem rivalidades, com o verdadeiro espírito do longboard. Surfei com muita alegria, o que fez toda a diferença e me rendeu o primeiro lugar no campeonato. Como é bom estar de volta em casa, depois de alguns anos sem retornar as minhas raízes. Thiara Mandelli ficou em 2º lugar, Barbara Sieno em 3º e Letícia Totti em 4º.
foto: Arquivo pessoal

Quero agradecer todas as meninas pelos bons momentos dentro e fora d’água. E parabenizar pela evolução de todas. Larissa Sadoski, Daniele Lucas, Neide, Carol, Lê, Barbara, Jel, Ana, entre outras.

Em especial agradecer a Barbara e família que me deram muito carinho todos os momentos que estive em Matinhos.

Agradecer também meus apoiadores Top Cia, Prefeitura de Curitiba, Neco Carbone, GZero Tech, The Krip, Evoke, Grupo LeLac e minha mais nova parceria Academia BE HAPPY - Curitiba.








Jessica Schimitz surfando com leveza no Pico de Matinhos foto: Jhesus Eduardo









Leticia Totti mostrando segurança de back side foto: Jhesus Eduardo











Larissa Sadoski sempre mostrando atitude
foto: Giuliano Santana




Daniele Lucas impressionando com apenas um ano de surf, chegando até as semi-finais no campeonato. foto: Meg de Andrade



Barbara Sieno com seu surf power cada vez mais polido depois de uma longa temporada em Ubatuba SP.
foto: Boné



Neide Afonso continua com seu bom surf foto: Marcos Vitorino







Thiara Mandelli companheira de brasileiros sempre junto

foto: Giuliano Santana


Beijocas a todas

MAHALOO!!!!







Fernanda Daichtman APL 2010 foto:Marcos Vitorino

A boa filha a casa retorna

foto: Marcelo Bicudo
Olá meninas

Faz tempo que não mando notícias. Estive passando por uma fase de mudanças em minha vida. Há muito tempo estava querendo fazer uma pós-graduação e devido há algumas mudanças com relação aos campeonatos brasileiros resolvi que agora seria uma boa hora.
Foi estabelecida uma regra entre as atletas de longboard da ABRASP (através de votação entre as próprias atletas) que consiste em: As quatro primeiras colocadas no ranking profissional feminino não poderão participar de campeonatos amadores, a não ser em seu Estado de origem. Em minha opinião não foi uma boa decisão. Vou explicar por que: O longboard feminino ainda não tem uma base concreta no Brasil, por ser uma categoria recente não temos atletas suficientes para separar amadoras de profissionais, afinal a média de 10 atletas por evento prova isso. No ano passado foram canceladas duas etapas do Mundial Qualificatório por não haver atletas suficientes para preencher as vagas. Sem contar na lastimável perda em 2010 do primeiro Circuito que deu espaço ao longboard feminino profissional o “Circuito Petrobras de Surf Feminino”.
Assim quem sai prejudicado é o próprio longboard, pois ainda não temos experiência suficiente, precisamos estar em atividade independente de premiação. Sem treino as atletas não evoluem e não podem se equiparar com atletas internacionais. É preciso entender que a valorização só vem quando a parte técnica garante o espetáculo!
Com apenas uma etapa profissional confirmada até agora, que será em meados de novembro na Praia da Macumba – RJ, esse foi o impulso que me fez buscar uma especialização, pois seria muito tempo sem competições.
Hoje estou morando em Curitiba, minha Cidade Natal, onde passo três dias da semana fazendo MBA em Sistemas de Gestão Ambiental e o resto da semana vou treinar no Pico de Matinhos, local onde aprendi a surfar.
Estou muito feliz em voltar para perto da família e amigos. É a maior riqueza que temos em nossas vidas!
Bjocas a todas